A pessoa em questão é Aécio Neves, governador de Minas Gerais e que briga com José Serra para ser o candidato do PSDB à sucessão de Lula.
A "notícia" (as aspas, nesse caso, são necessárias) tem corrido a internet desde o início da semana. Seu emissor inicial foi Juca Kfouri - em seu blog, o jornalista esportivo afirmou que Aécio foi visto dando um empurrão e um tapa em sua "acompanhante" (mais uma vez, aspas essenciais) em uma festa no Rio de Janeiro. Mais do que divulgar, Juca bancou o fato: atualizou o post dizendo que havia recebido um comunicado da assessoria de Aécio desmentindo o ocorrido e que não mudaria uma só vírgula do que escrevera.
O anunciado por Juca Kfouri foi o complemento de história levantada por Joyce Pascowitch no Glamurama. Lá, a colunista dizia que numa festa do estilista Francisco Costa, "um dos convidados mais importantes e famosos" do evento havia dado um tapa em sua acompanhante.
A nota de Pascowitch não declarava e nem chegava a insinuar quem seria o cidadão praticante do ato. Pelo fato do seu site ser mais ligado ao mundo da moda, celebridades e afins, jamais se havia pensado em relacionar o dito com o governador mineiro. Mas Juca fez a ponte, e a confusão foi armada.
Agora começam as interpretações para o caso. Muita, muita gente na internet tem dito que a repercussão da notícia teria o dedo de José Serra - que, assim, detonaria de vez as chances de Aécio ser o candidato tucano.
Acho meio conspiratória a teoria. Serra está à frente nas pesquisas, tem recebido mais apoio das lideranças do PSDB e é bem improvável que perca o posto para Aécio (com ou sem agressão). Sem contar a possibilidade - que não deve ser descartada - da criação de uma chapa "puro sangue" tucana, com Serra para presidente e Aécio para vice. Assim, não seria muito inteligente, por parte do paulista, lançar mão de tal expediente para o mineiro.
Da minha parte, não levo muita fé nessa "armação orquestrada por Serra", como alguns têm sugerido.
Quanto a Aécio e à agressão em si... ah, isso eu deixo para a polícia, que é quem tem que tomar conta desse tipo de história.
3 comentários:
Dentre as inúmeras pessoas de reconhecido talento e seriedade profissional que comentaram o massacre que estão fazendo com Aécio Neves , a cientista política Lucia Hipólito nos diz:
“Ataques pessoais constituem arma das mais delicadas e perigosas de uma disputa eleitoral. São faca de dois gumes.Não são poucos os casos de ataques pessoais que provocaram efeito bumerangue, ou seja, voltaram-se contra o atacante, prejudicando-o mais do que à vítima.”
Já o jornalista Lauro Jardim do Radar ( revista Veja) nos diz
“A insidiosa campanha de boatos na internet sobre Aécio Neves, que circula com força na web desde o fim de semana, visa a atingir exatamente a característica mais festejada do governador mineiro: a capacidade de conciliação e de entendimento entre contrários.”
Finalmente o Jornalista Noblat, colunista do jornal O Globo em seu Bog nos diz
“A namorada negou tudo, pessoas presentes à festa não viram nada, além de um escorregão da moça na pista de dança, o governador chegou a falar no assunto em indignada entrevista coletiva (era a respeito de outro assunto, mas a pergunta foi inevitável. E ele não se furtou a responder.)
Mas a notícia continua a se multiplicar pela internet.
O PT joga para separar Aécio de Serra. No primeiro momento, separá-los significa evitar que Aécio aceite ser vice de Serra. No segundo momento, que Aécio de fato se empenhe para eleger Serra”.
De um lado temos essa turma conhecida e de alta credibilidade fazendo essa análise política do fato. Do outro temos a patrulha da lama escura e fétida trabalhando por interesses subalternos .
"Alta credibilidade", anônimo? Botar culpa no PT como faz o Noblat não é das coisas mais originais dessa turma de "alta credibilidade". Aliás, a tal comentarista citada por você já falou até que derrota da seleção era culpa do Lula. Haja credibilidade...
O fato factual realmente acontecido é que transformaram essa história em um fato político maior do que qualquer maracutaia do Congresso. E isso com uma apuração cheia de buracos, com testemunhas que asseguram o ocorrido sem ter visto nada e o tão respeitado Juca Kfouri mudando sua versão a cada dia. Já foram cinco entrevistados e viraram três, era a namorada e virou a acompanhante e quem estaria alterada era ela. Francamente, isso é uma palhaçada!
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