quarta-feira, 17 de março de 2010

Lula, absurdamente Lula

O Ibope divulgou hoje a mais nova pesquisa com as intenções de voto para a disputa presidencial. O levantamento era dos mais esperados - afinal, ele determinaria a "chegada" de Dilma Rousseff ou mostraria que José Serra ainda é favorito.

Os números estão no blog do Fernando Rodrigues: Serra ainda lidera nas pesquisas estimuladas. Sua diferença para Dilma é, hoje, de 5 pontos. A pesquisa aponta que a candidatura de Aécio não desfruta de nenhum alicerce e que Ciro e Marina se consolidaram mesmo como nomes intermediários - gozando das benesses e problemas que tal condição traz.

Mas o mais interessante do levantamento não são os resultados das pesquisas estimuladas, e sim das espontâneas. E é com base nesses valores que o PT pode fazer uma baita festança para comemorar os resultados.

Qual o candidato que os brasileiros mais gostariam de votar para presidente? Acertou quem disse Luiz Inácio Lula da Silva! O atual presidente tem 20% das respostas na pesquisa espontânea. Um quinto do eleitorado nacional. E em segundo lugar vem Dilma Rousseff, com 14%.

Ou seja: mais de um terço dos brasileiros votariam no PT para a presidência hoje, em uma resposta espontânea. Isso é muita, mas muita coisa. Imensamente mais do que os 35% que Serra tem na pesquisa estimulada - na espontânea, o tucano tem apenas 10%, e é o terceiro colocado.

É claro que a exposição pública de Dilma em comparação à retração de Serra explicam parte desses números. Por outro lado, é bem difícil crer que quando Serra se lançar às ruas ele conseguirá reverter esses patamares.

Ainda há muita coisa para acontecer nessa campanha. Mas nunca a vitória de Dilma - e de Lula, e do PT - se mostrou tão tangível.

Um comentário:

Glauco disse...

O que se pode perceber é que, em um cenário de primeiro turno, o teto do Serra já é conhecido e o de Dilma não. Resta ao tucano trabalhar para aumentar a rejeição da petista (que também caiu nessa última pesquisa e é praticmanete igual à de Serra) já que a eleição será polarizada de fato.

Mas que as notícias são boas para Dilma, ainda mais contando que metade do eleitorado ainda não a conhece, isso são.