terça-feira, 16 de junho de 2009

Internet nas campanhas eleitorais

O site IDG Now! traz hoje uma interessante entrevista com a deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS). Na pauta, o uso da internet nas campanhas eleitorais.

O assunto tem aparecido com mais frequência no noticiário desde o início do mês, quando o também comunista Flávio Dino (MA) apresentou projeto para a liberação da internet nas campanhas. “Sem internet é impossível fazer campanha. A internet é uma praça virtual da pós-modernidade. Não há sentido a legislação continuar neste obscurantismo”, disse Dino ao G1, ao explicar o seu projeto.

Acho que é consenso o fato de que precisa-se ampliar o uso da internet nas campanhas eleitorais brasileiras. O problema - e é aí que mora a aprovação ou não do tema - é a regulamentação da rede. A internet, feliz ou infelizmente, é vista como terra de ninguém e desprovida de um controle oficial. Conciliar isso com o corretamente rígido sistema eleitoral brasileiro, e suas regras bem ditadas para as campanhas, é um problema.

Mas acredito que o posicionamento mais danoso que o Brasil poderia adotar quanto a isso é simplesmente o virar as costas e admitir sua incompetência para gerenciar a questão. Acho - e aí é um palpite de quem está de fora, mas não é tão absurdo assim - que as experiências de outros países estão aí para serem aprendidas. O caso de Obama nos EUA é o mais emblemático. Além dele, certamente em outras nações há um bom mecanismo para uso e controle da internet nas campanhas eleitorais. Por que não estudar o que está dando certo fora e aplicar para a nossa realidade?

Em tempo: a bancada do PCdoB precisa se afinar quanto a esse tema. No podcast citado acima, Manuela D'Ávila cita, além da propaganda, a intenção de estimular a arrecadação de recursos pela internet; já Flávio Dino foi autor de proposta que sugeriu o financiamento público das campanhas. Como já disse aqui anteriormente, fico com a proposta da gaúcha: a arrecadação pela internet, além de transparente, é um baita estímulo para que os cidadãos se sintam mais interessados em participar do processo eleitoral como um todo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Olávo!!

Tenho acompanho seu blog, parabéns! Sempre tem conteúdo relevante.


Quanto a questão da iniciativa dos deputados do PCdoB, acho extremamente pertinente. Na verdade, atrasado, mas antes tarde do que nunca...rss

Hoje somos mais de 50 milhões de internautas no Brasil, e o TSE impede essas pessoas de discutirem política na internet, Lamentável. Dizer que é por medo de se tornar uma terra de ninguém, é balela...Na verdade dentro do conceito da web 2.0 é melhor dizer que a internet é terra de todo mundo.

Com alguns ajustes e normas é possível sim ter uma discussão saudável e democratica pela internet. Mas é como a deputada Manuela disse - quem tem legislado, até então, tem sido pessoas que não dominam a liguagem e o ambiente da web.

Que venham as eleições digitais...

Abraço
jirrés
www.comosereleito.com.br