terça-feira, 14 de setembro de 2010

Sites dos candidatos ao governo - São Paulo

Hora de falar do estado onde moro, o mais populoso do Brasil.

São Paulo tem a disputa polarizada entre Geraldo Alckmin (PSDB) e Aloizio Mercadante (PT). Apesar de reconhecer que ele não tem chances na disputa, analiso também a página de Celso Russomanno (PP), adotando o mesmo critério que utilizei nos outros estados - e é também por isso que excluo a página de Paulo Skaf (PSB) da análise.

Aloizio Mercadante (PT)
"Poderia ser melhor" é uma expressão que sintetiza bem o que é o site do petista. Há bom conteúdo, o design não é algo que possa ser chamado de feio, a visibilidade é adequada - mas acontecem alguns tropeços feios para uma candidatura do porte da do senador.

Por exemplo: quem clica nas seções "Fotos" e "Vídeos", queira ou não queira, é redirecionado para páginas externas, do Flickr e do Youtube, respectivamente. Lanbçar mão desses recursos é legal; utilizá-los de maneira a fazerem com que seu leitor saia do site, não.

O plano de governo é apresentado de maneira estranha na página. É dividido em setores, mas a navegação é ruim: as subdivisões são mostradas apenas com letras em vermelho e, quando acessadas, revelam um texto escrito numa fonte pequena e num contraste cinza-branco que dificulta a leitura.

Há, na página inicial, um campo para doações: mas ele está apenas ali. Quem sai da home não o encontra mais de jeito nenhum. E está no site um telefone para contato, mas apenas do comitê da capital. Espalhar as formas de acesso seria uma boa pedida.

Celso Russomanno (PP)
Um candidato tradicionalmente ligado à comunicação e ao jornalismo deveria ter uma página de melhor qualidade. É uma tarefa hercúlea encontrar algo de positivo na página do deputado.

Talvez um dos únicos méritos seja o box "Veja o que dizem", na página inicial, que traz depoimentos de internautas enviados por email ou recolhidos das mídias sociais, como comentários de Youtube. E só.

A página é esteticamente feia, apresenta problemas para navegação (há conteúdos presentes apenas na home, que não se consegue encontrar em nenhum outro local), as fontes são mal escolhidas - e há notícias nas quais há mais de uma no corpo do próprio texto! - as fotos são estranhas...

O plano de governo não está disposto em formato PDF, mas chega até a ser pior do que o que acontece nos sites de alguns que optaram por isso. O que se vê na página de Russomanno é uma cópia documento entregue ao TSE: ou seja, um texto gigantesco, nada convidativo, que será lido por pouquíssimos. Talvez o "governador das ruas" tenha achado que seria perda de tempo investir mais na campanha pela internet...

Geraldo Alckmin (PSDB)
É a melhor página dos candidatos ao governo do estado - embora, claro, apresente problemas.

Um é, como no caso da página de Mercadante, fornecer como único endereço e telefone de contato o do comitê em São Paulo. Certamente há outros tantos no restante do estado... Um pequeno deslize acontece também na apresentação do currículo de Alckmin. É um texto longo, arrastado, que poderia ser melhor sintetizado e que destacasse realizações da vida pública do candidato (como curiosidade, vale dizer que a página de Alckmin é a única encontrada, até agora, em que há tanto destaque para a primeira-dama).

A página inicial traz até um excesso de informações, mas a disposição é muito bem-feita. Cores, menus, boxes e outros itens são colocados de maneira harmônica, compondo um conjunto interessante. A barra vertical para as doações, citando valores pequenos como R$ 10 e R$ 30, é uma ótima sacada.

Falando em boas ideias, em "Ações do PSDB" mostra-se realizações do partido (Alckmin incluído, evidentemente) no estado, em todas as suas gestões. É uma ótima maneira de chamar a atenção do eleitor, e quebra um pouco o tropeço que é resumir o currículo do candidato a um textão corrido.

O site chama também para as redes sociais utilizadas pela campanha, e na home, o segmento "Eu quero Geraldo 45" traz vídeos com depoimentos que podem ser enviados pelos internautas. Boa medida.

Vale dizer que a página segue a linha adotada em todas as ações de comunicação da campanha tucana: "Alckmin" praticamente não existe, o candidato é o "Geraldo".

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