terça-feira, 26 de outubro de 2010

Como fica o Senado?

Como a essa altura todos já sabem (acho), morreu hoje Romeu Tuma (PTB-SP), senador por São Paulo. Tuma já vivia um quadro complexo de saúde há tempos, a ponto de se ausentar praticamente de toda a reta final da campanha eleitoral recém-finalizada, na qual tentava a reeleição.

(Inclusive, a manutenção da candidatura de Tuma, contrariamente ao que fez o PMDB em relação ao também vitimado por doenças Orestes Quércia, foi alvo de pesadas críticas. Ricardo Young, candidato do PV ao Senado, chegou a acusar o PTB de estelionato).

Tuma perderia o mandato no final do ano. Então, em termos de "composição política", sua morte não altera o cenário do Senado Federal. Mas pode gerar uma situação curiosa.

Afinal, havia mais dois meses de mandato a serem preenchidos. Então é necessário que um suplente exerça o seu cargo nesse período. O primeiro suplente de Tuma é Alfredo Cotait Neto, que é secretário de Relações Internacionais de São Paulo.

Liguei há pouco na Secretaria para saber se Cotait assumirá o cargo nesses meses restantes. O assessor de imprensa informou que ainda não há definição a respeito - o que é natural, devido ao fato ter ocorrido há poucas horas.

Talvez Cotait opte por não optar a cadeira, por conta de sua função na prefeitura paulistana. Iria para o Senado então Alexandre Honore Marie Thioillier Filho, advogado que pleiteia o posto de ministro do Superior Tribunal de Justiça.

Sinceramente, não sei o que a legislação prevê caso Cotait e Thiollier optem por não assumir o Senado (o que seria compreensível, por se tratar de pouco mais de um mês). Se por algum acaso a legislação prever que o contemplado seja o candidato imediatamente abaixo de Tuma na eleição de 2002, teríamos a vaga destinada para... Orestes Quércia.

Há uma situação das mais curiosas se desenhando, essa é a verdade.

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