segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Com secretaria, Rio reforça ações para 2016

Uma das primeiras medidas do futuro prefeito (eu nunca entendi muito bem esse papo de 'prefeito eleito' - e o César Maia, não foi eleito?) do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB) foi anunciar a criação de uma secretaria que coordenará as ações da prefeitura no que se refere à candidatura da cidade à Olimpíada de 2016 e também para a Copa de 2014. A pasta ficará a cargo de Ruy Cezar de Miranda Reis (foto), que ocupou posto semelhante na gestão de Maia, quando foi o "Secretário do Pan".

A tendência de muitos é condenar a decisão de Paes - e já ver nela uma maneira do futuro alcaide dar as tradicionais "boquinhas" aos aliados. Afinal, como que um prefeito que foi eleito, dentre outras causas, com a bandeira de reduzir o inchaço do funcionalismo cria uma secretaria de finalidade tão específica? Será que tais questões não poderiam ficar a cargo da Secretaria de Esportes?

Mas antes de sair criticando, é bom ver que exemplos similares acontecem em outros países. A Inglaterra, sede da próxima Olimpíada com sua capital Londres, criou até um ministério para a função, ocupado por Tessa Jowell. E outros países que receberam mega-eventos também seguiram por caminhos semelhantes.

O que cabe, agora, é fiscalizar as ações desse novo secretário e ver se seus trabalhos estão tendo alguma efetividade. A responsabilidade é das maiores. O Rio deve sediar a final da Copa de 2014 e a candidatura para 2016 é a mais forte lançada por qualquer cidade brasileira até hoje. O Brasil está perto de conseguir duas grandes realizações, então que lance mão de todas as armas para isso.

Um comentário:

Anselmo disse...

Ter um cargo para se encarregar de um evento dessa magnitude parece adequado. mas o que garante o sucesso é verba e seu gerenciamento. Citar o exemplo de Londres foi uma ótema.

Além disso, a ação pré-pan nas favelas (cujo maior exemplo foi a ação no COmplexo do Alemão) não credencia o evento como bom exemplo, ainda que a megaoperação citada com certeza seja de alçada da polícia e não da organização propriamente dita.