Recebi ontem, no meu email profissional, um aviso de pauta com o seguinte título: "Delegado federal Protógenes Queiroz anuncia sua filiação partidária".
Achei que fosse uma notícia relatando qual era a legenda escolhida pelo delegado. Não, era um convite para uma coletiva em que se dará o anúncio, a ser realizada no dia 2 de setembro. Até aí tudo bem: o problema é o simples fato de que não se fala qual é o partido que receberá Protógenes em suas fileiras.
Não sei qual a razão para que Protógenes só anuncie seu partido no dia 2 - indefinição a respeito não é, senão ele não convocaria a coletiva. Talvez a data seja a única possível para a organização do evento. E nada contra isso, também. Protógenes se tornou uma figura importante e nada melhor do que fazer uma boa cerimônia para sacaramentar sua entrada na vida política.
O que questiono é a espetacularização do ato. Protógenes anuncia que vai para um partido - e não diz qual. O revelará apenas em uma coletiva. Já até imagino um cartaz coberto por um pano, puxado em momento estratégico, com o logotipo da sigla agraciada despontando sob um "ooooh" de espanto coletivo. Ou mesmo um anúncio lento, sílaba por sílaba, para matar todos os ouvintes de angústia. "Protógenes vai para o.... o.... Pê...", e mais uns trinta segundos até a resposta, tal qual Pedro Bial anunciando o vencedor do Big Brother.
Não acompanhei com a atenção devida os desmandos da Satiagraha e não sei dizer se Protógenes é ou não um bom delegado, admito. Mas o que dá para dizer, sem medo de errar, é que sua carreira pós-"fama" está cada dia mais folclórica. Aos poucos, ele vai se tornando um sujeito a quem não se deve levar muito a sério. Esperemos.
Escolhendo um emprego
Há 2 anos
Um comentário:
Nem fiquei sabendo! Que partido ele escolheu? Se é que escolheu...
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