Foi mais um dia em que os paulistanos e quem circula pela cidade praguejaram contra o governo (seja ele qual for), reivindicaram mais estações de metrô, contestaram as facilidades do mercado para a compra de carros e assim por diante.
Todas, ou quase todas, reclamações justas. Falar sobre o trânsito de São Paulo é um assunto dos mais repetitivos - e chatos, já que as soluções sempre são apresentadas, mas nunca colocadas em prática.
E aí, divagando, pensei que talvez fosse o caso de pensarmos em outro perfil de solução. Claro que as macro são mais eficientes - não há quem discorde que uma São Paulo com o dobro de estações de metrô teria um trânsito incrivelmente melhor.
Mas talvez há saídas que passem por ações que, em tese, não teriam a ver com a circulação de carros propriamente dita.
Uma é o desenvolvimento de regiões mais afastadas da cidade. Se São Paulo é enorme e tem muito trânsito, é porque as pessoas precisam sair de umas regiões e se dirigirem a outras. Como qualquer lugar do mundo, há aqueles bairros com maior atividade comercial/empresarial e outros mais voltados à moradia, os populares "bairros dormitório".
Fazer com que essas regiões deixem de ser somente dormitórios é algo que certamente daria uma cara nova à região metropolitana. A Zona Leste da capital e cidades como Guarulhos, Osasco e Barueri, se dinamizadas, "reteriam" mais seus moradores e colaborariam para uma inversão, ou ao menos redução, no fluxo do trânsito (escrevi sobre isso no Futepoca, quando comentei a decisão de se construir um estádio em Itaquera).
E acho que uma outra via que poderia ser seguida seria a expansão no horário do fornecimento dos serviços da cidade. Em outras palavras, uma São Paulo 24 horas (ou algo mais próximo disso).
Mas talvez há saídas que passem por ações que, em tese, não teriam a ver com a circulação de carros propriamente dita.
Uma é o desenvolvimento de regiões mais afastadas da cidade. Se São Paulo é enorme e tem muito trânsito, é porque as pessoas precisam sair de umas regiões e se dirigirem a outras. Como qualquer lugar do mundo, há aqueles bairros com maior atividade comercial/empresarial e outros mais voltados à moradia, os populares "bairros dormitório".
Fazer com que essas regiões deixem de ser somente dormitórios é algo que certamente daria uma cara nova à região metropolitana. A Zona Leste da capital e cidades como Guarulhos, Osasco e Barueri, se dinamizadas, "reteriam" mais seus moradores e colaborariam para uma inversão, ou ao menos redução, no fluxo do trânsito (escrevi sobre isso no Futepoca, quando comentei a decisão de se construir um estádio em Itaquera).
E acho que uma outra via que poderia ser seguida seria a expansão no horário do fornecimento dos serviços da cidade. Em outras palavras, uma São Paulo 24 horas (ou algo mais próximo disso).
Bancos abrindo das 8 às 18, repartições públicas das 8 às 20, shopping centers das 8 à meia-noite, algumas linhas de ônibus e todas do metrô e CPTM non-stop...
"Mas ficará muito caro, porque será preciso contratar mais pessoas e pagar horas extras aos funcionários". Sim, certamente. Mas será que esse investimento não se pagará com o comércio/indústria/serviços funcionando até mais tarde, e consequentemente gerando renda?
"Mas ficará muito caro, porque será preciso contratar mais pessoas e pagar horas extras aos funcionários". Sim, certamente. Mas será que esse investimento não se pagará com o comércio/indústria/serviços funcionando até mais tarde, e consequentemente gerando renda?
O ruim de virar jornalista é que a gente se acostuma a entrevistar fontes e, por isso, ficamos meio temerosos em emitir opiniões próprias. Talvez alguém leia esse texto e vaticine: "quanta bobagem esse cara está falando! Nunca que os gastos pra fazer uma cidade funcionar até mais tarde se compensariam com 'mais vendas no comércio'".
É, talvez. Mas enquanto o metrô não é dobrado ou triplicado, as ruas não têm melhores condições e os ônibus seguem mal-cuidados, o que resta é colocar a imaginação pra funcionar de vez em quando. Pelo menos não polui...
É, talvez. Mas enquanto o metrô não é dobrado ou triplicado, as ruas não têm melhores condições e os ônibus seguem mal-cuidados, o que resta é colocar a imaginação pra funcionar de vez em quando. Pelo menos não polui...