terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sites dos candidatos ao governo - Pernambuco

O estado a ser analisado agora é Pernambuco, cuja eleição está dominada por dois nomes: Eduardo Campos (PSB) e Jarbas Vasconcelos (PMDB).

Um comentário geral precisa ser feito antes da análise individual das páginas - o nível dos sites dos candidatos pernambucanos é muito, muito alto. As duas páginas que veremos aqui estão, sem dúvidas, entre as melhores já vistas. Parabéns aos webdesigners dos dois sites - e também às coordenações das campanhas, que levaram a sério a internet.

Eduardo Campos (PSB)
As cores amarelo, vermelho e branco, as oficiais do PSB, são meio que difíceis de serem harmonizadas. Não à toa páginas de alguns candidatos do partido foram criticadas justamente por não apresentarem um bom aspecto visual.

Não é o que acontece no site de Campos, que utiliza bem as cores.

A página inicial do socialista tem algo muito legal. O banner principal traz três imagens que se alternam - a foto do candidato sozinho, dele ladeado por Lula e Dilma Rousseff e também de seus candidatos ao Senado. Boa maneira de garantir um dinamismo na página, e também apresentar quem o candidato acompanha.

O site tem um aspecto que de tão óbvio não deveria ser tratado exatamente como um mérito, mas cabe o destaque justamente por ser pouco feito: a seção "Mudanças que a gente vê". Campos é o atual governador e, por isso, tem realizações a mostrar; todos os candidatos a reeleição e os que já exerceram mandatos deveriam ter isso como um dos principais destaques dos seus sites, mas pouca gente o faz.

E "Mudanças" não aparece somente no banner e menu principal da página - é também linkado na biografia do candidato, tal qual o item "Metas", que traz as propostas de governo (que poderiam ser um pouco mais específicas, mas tudo bem). Corrige-se aí outro problema comumente encontrado: em muitas páginas, parece que o político é uma pessoa diferente do candidato, e a biografia não traz esses itens. Quem vai ao site de Eduardo Campos encontra quem o candidato é, o que fez e o que pretende fazer, o que é muito positivo.

Na página inicial há um banner em destaque intitulado "Meu voto é 40". Nele, imagens de pessoas que enviaram voluntariamente suas fotos ao site aparecem em destaque. Bem legal.

Para fechar, mais um elogio: no rodapé do site estão os endereços e telefones dos comitês de Campos em Recife, Petrolina e Caruaru. Num estado populoso e grande como Pernambuco, nada melhor do que fornecer diferentes ferramentas de contato, para os eleitores de diferentes regiões.

Jarbas Vasconcelos (PMDB)
Outra ótima página. Tão informativa e ainda mais bonita do que a do seu principal adversário.

O site estimula a participação popular, mas de maneira caprichada. Uma de suas subdivisões é a "Fiscais de Jarbas", onde são publicadas notícias e denúncias enviadas pelos visitantes. Boa ideia (mas que merecia só um pouco mais de capricho: no momento em que estou visitando o site, há três notícias em destaque com a mesma imagem, a de um revólver). Outro campo de bom oferecimento de ferramentas à mídia é o "Divulga Jarbas" com materiais de campanha "reais" e para as mídias sociais.

Tal qual na página de Eduardo Campos, há um destaque rotativo com fotos enviadas pelos leitores. As notícias são dispostas na página inicial de maneira interessante e os banners relacionados (entre eles, o do presidenciável José Serra) ficam bem feitos.

Outra boa solução estética está na apresentação da biografia de Jarbas Vasconcelos e de sua vice, Miriam Lacerda. A de ambos é feita com bom uso de fotos e recursos em flash.

O maior ponto "corrigível" do site de Jarbas está na apresentação do plano de governo: há uma divisão em diretrizes, mas elas são repartidas em um critério que não o por áreas, que seria o mais adequado. Acaba não sendo um conteúdo dos mais interessantes e legais para se repassar.

Há também a citação do endereço completo - com mapa do Google Maps - do comitê central de Jarbas, em Recife. Seria também uma boa dispor o dos outros municípios, mas já é uma boa.

E no rodapé do site, estão links para as páginas dos candidatos ao Senado e também de alguns que disputam vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. Simples e boa maneira de agregar visitação.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sites dos candidatos ao governo - Pará

Antes de iniciar o post, uma correção mais que essencial: pisei na bola na utilização da ordem alfabética (é, isso mesmo) na composição destes posts. Ao invés de fazer a sequência Pará, Paraíba e Paraná, realizei exatamente o inverso. Fui alertado por um eleitor, a quem agradeço.

Bem, sigamos em frente.

Falaremos agora do Pará, que tem três candidatos dominando a disputa: Ana Júlia Carepa (PT), Domingos Juvenil (PMDB) e Simão Jatene (PSDB).

Ana Júlia Carepa (PT)
Há virtudes e defeitos na página da governadora. A tela inicial tem um design ao mesmo tempo legal e estranho. A parte positiva está na utilização das cores - azul e vermelho, numa combinação legal que remete às cores do Pará - e a negativa, nas fontes. O uso do itálico e negrito simultaneamente em algumas chamadas dá um efeito estranho.

Em termos de conteúdo, a página inicial é adequada. Há a referência às mídias sociais, notícias em destaque rotativo, menus dispostos de maneira "clássica" e também elencados em banners específicos, como o dos vídeos.

Também na home está a principal virtude do site da petista: a seção "Acelera", com um destaque rotativo com o nome e a foto do participante, um internauta voluntário. Como já dito, sempre fará um bom negócio uma página que colocar os visitantes em destaque. Isso faz com que a pessoa queira mostrar sua aparição aos amigos, gerando mais pessoas acessando a página.

Na mão oposta, a principal - e bem feia - falha do site está em "Propostas". Quem clica ali não cai no plano de governo da candidata, e sim em um fórum para sugestões que, pouco acessado e/ou mal gerenciado, acaba não trazendo nenhuma informação muito relevante.

A parte dos "Contatos" tem o endereço e o telefone do comitê central de Ana Júlia em Belém. Caberia citar também os de outros municípios (o Pará é imenso), mas já é alguma coisa.

Domingos Juvenil (PMDB)
Está no design da página inicial o maior mérito do site do candidato. É um desenho simples, mas estimulante, e a foto principal de Domingos tem qualidade e se harmoniza com o restante da página. O menu disposto em letras azuis do lado da foto é esteticamente caprichado e facilita a navegação.

As propostas de governo do candidato são divididas em setores com textos simples, o que é uma boa; porém, peca-se pela generalidade de algumas delas (uma é "Melhorar a qualidade da água" - sempre me pergunto se há algum candidato que é contra isso).

Há uma falha técnica na página - a fonte utilizada no corpo do texto das notícias não é sempre o mesmo, o que pode gerar uma pequena confusão visual em quem está visitando a página.

Faltam as boas ferramentas de contato, como infelizmente é usual; por outro lado, a seção "Divulgue", em que o visitante pode colocar o endereço de amigos para que estes conheçam o site, é uma boa e simples solução.

Simão Jatene (PSDB)
Visualmente, uma das mais belas páginas da categoria no Brasil. Há uma inovação: o banner principal do site é rotativo e chama para um destaque a cada aparição. Assim, cria-se um dinamismo e adiciona-se um conteúdo novo em uma área que, costumeiramente, é meio morta.

Falando ainda em página inicial, o rodapé do site tem algo ótimo: mais do que somente colocar a barra com os ícones das redes sociais, há na página um menu rotativo que traz os principais destaques da rede, com os depoimentos dos internautas - e aí vale a mesma regra, fazer uma pessoa "se ver" sempre é algo legal.

Os pontos positivos também estão em outros campos, como na utilização dos banners e na divulgação do candidato ao Senado da chapa (algo que não se vê nos sites de Juvenil e Ana Júlia, como comparação).

A página tem um diferencial que pode ser visto como algo "bobo" por alguns, mas ao meu ver é interessante: o game "Pacto Pelo Pará". O jogo, em si, não é nada exatamente inovador. Inclusive, aproveita formato que se vê em muitas páginas de jogos online por aí. O positivo na história está em utilizá-lo para prender a atenção do visitante ao site e para estimular outros acessos.

Falhas do site estão nas ferramentas de contato (os erros de sempre) e na manutenção de algumas páginas que não existem, como a "Doe para a campanha", que dá em um texto de erro.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sites dos candidatos ao governo - Paraíba

Voltamos agora ao Nordeste do Brasil para falar sobre os sites dos candidatos ao governo da Paraíba. Lá são dois os principais nomes: José Maranhão (PMDB) e Ricardo Coutinho (PSB).

José Maranhão (PMDB)
Dá para afirmar sem medo de errar: é um dos melhores sites entre todos os de candidatos a governador. O design é muito bem-feito, a navegação é fácil, as informações estão todas presentes e bem dispostas.

A foto principal do candidato abre um menu vertical em que estão inseridas, em forma de banner, as opções gerais do site: TV, rádio, espaço para assinatura da newsletter e referências aos outros integrantes da chapa - o vice-governador, os dois nomes para o Senado e Dilma Rousseff, postulante à Presidência. Falando em Dilma, uma boa pedida também é a notícia que aparece em destaque, que traz um vídeo com o presidente Lula declarando apoio à candidatura de Maranhão.

A biografia do candidato é mostrada de maneira esteticamente agradável e também fácil de se ler. Estimula ao visitante explorar os setores. Ponto positivo também está no plano de governo - as propostas são apresentadas de forma clara e setorizada. Bem adequado.

O site tem um campo interessante sobre doações. As doações via cartão de crédito, que seriam a grande novidade nas campanhas de agora, não emplacaram; a campanha de Maranhão contorna isso dando todas as informações para que o interessado doe de maneira convencional, citando o endereço do comitê central e a conta corrente da candidatura.

Falando em endereço, vem aí uma das poucas falhas do site. Não seria legal colocar este endereço central do comitê - que tem telefone e até mesmo mapa via Google! - no campo "Contato", que tem apenas um formulariozinho?

E, já que o site é dos melhores, cabe também uma observação que não seria feita em página de qualidade inferior: poderia haver um campo para voluntariado, estimulando melhor a participação de quem quer contribuir. Com essas duas adições, o site de Maranhão estaria próximo da perfeição.

Ricardo Coutinho (PSB)
A página inicial do site de Ricardo Coutinho é algo entre razoável e boa. Dispõe bem as informações, elenca as notícias no sistema de destaques rotativos e dá acesso, via menus e banners, a outros campos do site.


Mas há algo que deve ser criticado. A foto principal do site, de Coutinho e do seu vice, Rômulo Gouveia, é muito ruim. Os dois não são pessoas muito bonitas, cá entre nós; mas isso não é um problema, já que beleza não ganha (nem perde) eleição. A questão é que a foto está mal tirada, e a montagem com a figura de Coutinho e Gouveia é ruim, dá uma má impressão. Isso poderia ser melhor trabalhado.

Os dois principais méritos do site de Coutinho estão no campo "Participe", que recebe cadastro de voluntários, e em "Divulgue" - um espaço simples para que o leitor preencha com nome de seus amigos a quem quer convidar para ver a página.

Já as falhas acabam repetindo o que, infelizmente, tem sido constatado nessas análises: plano de governo antipaticamente apresentado em formato PDF e contato com o visitante restrito a um mísero formulário.

Como curiosidade, vale citar que o site de Coutinho é um perfeito exemplo do que o final da verticalização fez no cenário político brasileiro - há um banner sobre Dilma Rousseff, e logo acima dele há outro com os dois candidatos ao Senado da chapa: Cássio Cunha Lima e Efraim Moraes, respectivamente de PSDB e DEM, os dois partidos de maior oposição ao governo Lula...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sites dos candidatos ao governo - Paraná

Pela primeira vez falaremos de um estado da região Sul - no caso, o Paraná, que tem como candidatos principais Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT).

Beto Richa (PSDB)
O site do tucano é estranho. Feio, para resumir com uma única palavra. O espaço da página é mal aproveitado: há um menu vertical com poucas opções, notícias em destaque que se rotacionam e ocupam mais espaço do que deveriam, e informações importantes (Agenda, por exemplo) que só são encontradas se o interessado se dispuser a navegar bastante pelo site.

A escolha das fontes também não é das melhores. Quando se abre uma notícia, cai-se em uma página com um texto com letras pequenas, espremidas, de difícil navegação.

Acontece também quando se acessa o perfil do candidato. As informações ali são muito boas - há o currículo de Richa e suas realizações como prefeito e deputado, algo que sempre deve ser citado; mas o que se encontra é um blocão de texto, com as mesmas pequenas letras, de difícil e não amigável visualização.

A principal virtude do site está no menu "Campanha". Ali, o visitante pode encontrar o endereço de cada um dos comitês pró-Richa em todo o estado - faltou só o telefone para ficar perfeito, mas o endereço já é uma boa pedida.

Curiosamente, quem chega ao rodapé do site se depara com um convite para conhecer outra página, o Meu Novo Paraná - essa sim uma página de design melhor, mais dinâmica, convidativa e interativa. A página é bem legal, mas remeter o visitante para fora é uma pisada de bola que até os designers mais iniciantes já sabem que devem evitar.

Osmar Dias (PDT)

Visualmente, a página do pedetista talvez seja uma das melhores já visitadas até agora. As cores utilizadas são boas, o design é convidativo, as fontes são adequadas. A página também é uma das únicas que dispõe dois tipos de menu: um horizontal, posicionado no cabeçalho, e um vertical, com subdivisões. É um desenho com o qual já estamos habituados, e que funciona bem também para sites de campanhas. Bola dentro.

Mas, claro, há problemas na apresentação do conteúdo. Um deles logo na biografia de Osmar Dias. É um texto pequeno, que conta, por exemplo, que Dias foi condecorado com a Ordem do Mérito do Transporte Brasileiro mas não traz uma linha sequer sobre sua atuação como senador. Ora, se a intenção da Biografia, em um site político, é fortalecer o currículo do candidato, seria uma opção mais inteligente citar realizações de Dias em prol do seu estado. Ainda como comparação, a biografia do seu candidato a vice (Rocha Loures) é muito melhor exposta.

A barra vertical de menus traz uma boa surpresa: há ali uma opção "Plano de Governo", subdividida em temas como Agricultura, Transporte, Saúde e outros. Legal, mas há um erro feio na arquitetura da página. Quem clica diretamente em uma das subdivisões na página inicial consegue ver o conteúdo. Quem prefere acessar primeiramente "Plano de Governo", e depois vai a um dos submenus, se depara com a mensagem Não existem posts cadastrados para esta seção. Feio.

Há ainda méritos com o item "Mobilize!". Ao invés de jogar toda a responsabilidade para a internet, a seção traz dicas aparentemente simples, mas eficazes, para que um voluntário execute sua campanha nas ruas - entre as sugestões, estão algumas como "Converse pessoalmente com vizinhos, amigos e parentes, reúna-os em sua casa para um café" e "Conte aos seus colegas de trabalho, faculdade e familiares tudo sobre a campanha e as propostas do Osmar Dias".

Com essas adequações - e a inserção de um contato mais eficiente do que o formulário antipático! - a página de Dias se tornaria uma das melhores do Brasil, sem dúvidas.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Sites dos candidatos ao governo - Minas Gerais

Agora falaremos de Minas Gerais, onde a disputa é dominada por Antonio Anastasia (PSDB) e Hélio Costa (PMDB).

Antes de iniciar as análises individuais, cabe um comentário geral: as páginas dos principais candidatos ao governo mineiro são decepcionantes. Estamos falando do segundo maior colégio eleitoral do Brasil, de um dos estados mais ricos da federação, e o que temos são sites fracos, piores do que muitos vistos em estados bem menos favorecidos que Minas Gerais. Bem, adiante.

Antonio Anastasia (PSDB)
O design da página do tucano é talvez o mais diferente de todos os sites já analisados. Ao invés do tradicional formato banner inicial-rodapé (ou barra horizontal) de menus-notícias em destaque, o que se tem é uma página que é feita em um bloco só, e o clicar em um menu faz com que a página "suba" ou "desça", de acordo com a seção que se busca entrar.

Mas a inovação acaba não resultando em algo muito legal. A troca do plano de fundo a cada mudança de menu é estranha, acaba dando a impressão que se está trocando de página. Sem contar que os próprios planos de fundo não são dos mais bonitos - o de "Notícias", que simula o estofado de uma cadeira, é bem questionável.

Em resumo, o que se vê no site de Anastasia é uma coletânea de boas ideias mal executadas. Por exemplo: a subdivisão "Viaje conosco por Minas" se propõe a apresentar o itinerário do candidato pelo estado, estimulando assim o comparecimento dos eleitores aos eventos. Até aí tudo bem. O problema é que ela está localizada em um endereço externo (o que leva o eleitor para fora da página), é esteticamente feia e está mal-atualizada. Outro exemplo similar está no trecho da página que mostra a biografia do candidato. Tentou se fazer um layout diferente, que remete até ao iPhone, e o que se tem é um conteúdo de difícil navegação e que faz com que o visitante se disperse.

Ruins também estão as propostas de governo de Anastasia e as ferramentas de contato do visitante, resumidas ao formulário de sempre.

E uma crítica que cabe mais em termos de estratégia eleitoral do que no design do site propriamente dito: se Anastasia é o candidato do otimamente avaliado Aécio Neves, e se sua campanha tem como uma boa arma aproximar o atual governador do antecessor, será que não seria uma boa expor mais a figura de Aécio? Talvez colocando-o na foto inicial, ao lado de Anastasia? Não parece muito inteligente relegar o ex-governador, na página inicial, a um quadradinho minúsculo.

Hélio Costa (PMDB)
A primeira coisa que chama a atenção no site do peemedebista é o destaque que o candidato a vice em sua chapa, Patrus Ananias (PT), recebe. Em nenhuma página vista até agora o vice é tão exposto quanto no site de Hélio. Boa iniciativa, já que Patrus é bem-visto em Minas Gerais e sua aparição também ajuda a fortalecer, para o eleitor, a informação de que o PT é aliado.

Se o site de Anastasia "peca pelo excesso", digamos assim, as características da página de Hélio estão no oposto. É um site quadradão, pouco ousado, mas talvez por isso mesmo adequado ao que se precisa. Praticamente todas as informações estão ali - biografias (e aí a de Patrus tem o mesmo destaque da de Hélio), notícias, agenda, fotos e vídeos e assim por diante.

O campo para voluntariado da página é bom e preciso. O visitante preenche como e quando pode colaborar para a campanha. Boa pedida, já que direciona a metodologia da contribuição.

A interatividade é bem-feita com o "Você na foto", em que as pessoas mandam suas imagens ao lado de Hélio e Patrus; mas, como de costume, é falha por resumir o contato ao formulário.

Mas a bizarrice maior está no que se refere ao plano de governo do candidato. Ele simplesmente não existe na página. Nem em PDF, nem em texto blocado, rigorosamente nada. Quem acessa o site não consegue saber quais são os projetos de Hélio Costa e Patrus Ananias para Minas Gerais. Muito ruim.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Sites dos candidatos ao governo - Mato Grosso do Sul

No Mato Grosso do Sul, os dois candidatos à frente da disputa são o atual governador, André Puccinelli (PMDB), e o ex-governador Zeca do PT (PT).

André Puccinelli (PMDB)
Em linhas gerais, o site do peemedebista é ruim. E olha que em termos de design - algo que tem recebido muitas críticas por aqui - a página se destaca. As cores foram bem escolhidas, idem para as fontes, o conjunto em si é harmonioso.

O principal problema do site de André está na navegação. O site tem, como na maioria das outras páginas, destaques que se alternam entre si na página inicial. Até aí tudo bem. O problema é que esses destaques não "somem" quando se clica em alguma página, para visualizá-la. Então a impressão que se tem é que a página desejada não abriu, já que os destaques seguem em primeiro plano.

A falha se agrava pelo seguinte: quando se clica em algum link, a página volta ao topo da tela. E aí o que se vê é o banner inicial, os destaques rotacionando, e aí, só embaixo, está a notícia.

Há também outros problemas mais "bobos" - ou melhor, certas opções que foram feitas e que prejudicam a navegabilidade. Um exemplo está em um banner que está na parte de baixo do site (e só lá): de nome "Indicadores de Competência", ele mostra o que André fez como governador do estado. Informação bem importante e que contribui no processo eleitoral, mas que é marginalizada ali. "Carreira", com um texto blocado e de navegação mais chata, acaba tendo mais destaque.

É também interessante o fato do site não mencionar quem são os candidatos ao Senado da chapa de André e que a única citação à candidata a vice está no banner principal. Não há a biografia da candidata, nem qualquer outra citação a ela.

"Contato" e "Agenda" seguem apresentando os problemas geralmente vistos nas outras páginas.

Zeca do PT (PT)
O site do petista é bem superior ao do seu principal adversário. E poderia ser perfeito se fossem realizadas algumas medidas simples.

Por exemplo, o famigerado "contato no formulariozinho". Uma página interativa como a de Zeca merecia conter a distribuição dos comitês do candidato em todo o estado. Não há nada disso - e olha que o site tem um banner legal e um bom destaque para o voluntariado. Outra pisada de bola está na divisão "Imprensa". Quem acessa ali não encontra nada além dos textos já veiculados em "Notícias". Telefones e material em alta resolução, não há.

A importância da questão dos endereços - que tanto martelo aqui - se traduz quando se acessa o Formspring do candidato (que, na página inicial, está destacado pelo menu "Pergunte ao Zeca"). Numa das primeiras respostas que o candidato dá ao visitante, ele cita o endereço completo do comitê, como sendo uma forma para que o militante pegue material de campanha - não seria interessante deixar isso disposto na página inicial?

Mas há muitas virtudes no site. A principal se vê logo na entrada: o site é bonito, com fotos, fontes e cores caprichadas. Os candidatos a vice e ao Senado recebem destaque logo na home. E o site traz também a lista de todos os candidatos da chapa à Câmara dos Deputados e à Assembleia Legislativa local.

Outro ponto bom está em "Artigos": são textos de boa qualidade, que podem ser enviados pelos próprios internautas e onde está a foto do autor. Bela forma de se atrair visitantes.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Sites dos candidatos ao governo - Mato Grosso

O terceiro maior estado do Brasil em área (sabiam disso?) tem três candidatos à frente na disputa: Mauro Mendes (PSB), Silval Barbosa (PMDB) e Wilson Santos (PSDB).

Mauro Mendes (PSB)
A primeira coisa que chama a atenção na página de Mauro Mendes é o seu design, de gosto duvidoso. A combinação amarelo/branco por si só não é das mais harmônicas e demanda muito cuidado na hora de ser utilizada. Colabora para a má impressão a escolha das fontes, tanto das chamadas quanto dos textos, que dificultam um pouco a visibilidade.

Passado o susto inicial, o que se encontra é um site relativamente bom. Tem conteúdo atualizado, com as informações básicas que temos encontrado nas páginas por aí. Na home, a seção "Sua Opinião", com depoimentos enviados pelos próprios internautas, é uma boa. Há, no menu "Participe", um espaço para que os visitantes enviem áudios e vídeos - porém, numa primeira visualização, não encontrei nenhum dos dois. Se realmente eles estão chegando ao site, mereciam mais destaques.

O odioso plano de governo em PDF é um dos defeitos do site. Outro ruim - mais em termos da navegação do que no conteúdo propriamente dito - está nos caminhos para contato. A home tem um banner que diz "Fale com o Mauro Mendes". Ao clicá-la, o internauta cai no Formspring, onde pode apenas enviar uma pergunta... péssima medida (sem contar que, até o presente momento, não há uma única questão respondida na página). Porém, no menu "Contato", na parte superior de página, estão, além do formulário, endereço e telefone do comitê do candidato e de sua assessoria de imprensa. Não seria melhor incluir isso no "Fale" com o banner, e reservar o Formspring apenas para a barrinha das mídias sociais no início da página?

Silval Barbosa (PMDB)
Mais uma página esteticamente não muito boa, mas com conteúdo das melhores. De cara, o site de Silval traz um conteúdo até agora não encontrado em nenhuma outra página já analisada: um box, na home, chamado "Propostas de governo", com destaque rotativo, com uma ilustração e um texto curto informando uma proposta por vez. Há também um link para o acesso às propostas, que são divididas por setores. Muito bom!


Ainda na home, outra iniciativa elogiável está no box "Inserções partidárias": um vídeo do horário eleitoral. O que está agora traz um depoimento do presidente Lula pedindo votos no peemedebista. Ótima ação, principalmente em uma eleição em que Lula é o principal cabo eleitoral.

Apesar das fotos feias, o perfil de Silval, seu vice e seus candidatos ao Senado é mostrado de maneira correta. Acaba corrigindo o total desaparecimento dos candidatos em outros setores do site, seja em banners, seja em menções mais simples.

Pra não perder o costume, está nas ferramentas de contato o principal defeito do site. A seção de imprensa é ruim (e é o único lugar que traz a agenda, que deveria ser mais exposta) e não há sequer um telefone para contato, apenas o tradicional formulário.

Wilson Santos (PSDB)
Lembram-se de Sandoval Quaresma, personagem da Escolinha do Professor Raimundo? Aquele que acertava todas as questões, mas na "hora de tirar o 10" se embananava, e acabava levando uma nota inferior? Pois é, é a comparação que se pode fazer com a página de Wilson Santos.

Durante a análise, eu já me preparava em cravar que o site do tucano era o melhor entre os já analisados, e forte candidato a se sagrar o melhor de todos os sites de candidatos a governador do Brasil.

Design caprichado, conteúdo abundante, precisão na hora de informar o currículo do candidato (o "Wilson fez", com as realizações divididas por setor, é perfeito!), programa de governo apresentado de forma setorizada e didática, informações à parte da eleição e de teor bacana (vejam em "Cidadania"), vídeos criativíssimos e muito bem-feitos (este aqui é impagável)...

Mas aí veio a análise-chave: cadê as ferramentas de contato?

Nada! Nenhuma sequer! Não se encontra no site de Wilson nenhuma ferramenta sequer para contato entre internauta e equipe do site. Nem um formulariozinho. Nem para a imprensa. Os caminhos para as mídias sociais são abundantes, mas as ferramentas convencionais - e mais eficazes - não aparecem.

Uma pena. Mas, ainda assim, vale a visita e uma navegação demorada. Com exceção desse "detalhe", o site é ótimo, muito bom mesmo. Um dos melhores do Brasil na categoria.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Sites dos candidatos ao governo - Maranhão

Agora é hora de falar do Maranhão. Os três principais candidatos do estado são Flávio Dino (PC do B), Jackson Lago (PDT) e Roseana Sarney (PMDB). Não consegui encontrar, via Google, a página de Lago. A análise, então, será feita sobre as de Dino e Roseana. Caso exista o site de Jackson Lago, por favor me informem.

Flávio Dino (PC do B)
A página do candidato comunista me causou uma certa decepção. Pelo seguinte: como deputado, Dino foi uma das pessoas que mais lutou pela liberação da internet nas campanhas eleitorais. É dele o projeto de lei que derrubou algumas das bizarrices que vigoravam até 2008, como a proibição do uso das redes sociais, a exigência do domínio .can.br nas páginas dos candidatos, entre outras coisas.

Esperava-se, então, que Dino tivesse uma página atualizada, digna da luta que empreendeu na Câmara. Mas o que se vê é um site entre o mediano e o fraco. A começar pelo design: o site tem um "vermelhão" exagerado, e as fontes utilizadas nos textos e chamadas não são nada convidativas.

Há um problema grande de navegação: quando se entra em algum dos menus verticais (Agenda, Plano 65, TV 65, entre outros), outras informações que estão nesses menus na página incial desaparecem - e aí se incluem nada mais nada menos do que a biografia de Flávio Dino e de sua candidata a vice. São dois conteúdos que têm que ser acessíveis sempre.

Dois erros comuns nos sites também se repetem na página de Dino: o plano de governo disposto em PDF e o contato restrito a um mísero formulário.

Chama atenção também a ausência da figura de Lula nas imagens de destaque do site.

Mesmo quando acerta, a página ainda é digna de críticas. O Mural de Recados, colocado na home, é uma boa saída - mas poderia ser melhor trabalhado, com fotos e vídeos enviados pelos internautas. E a Caravana 65, que mostra as viagens de Dino pelo Maranhão, é disposta de maneira estranha: um mapa do estado coberto de bandeirinhas não é algo convidativo. Deveria explicar o que Dino fez nos lugares e, mais que isso, dar a sua agenda, estimular o internauta a participar dos eventos que acontecerão.

Roseana Sarney (PMDB)
O site da ex-governadora é muito bom. A página inicial é bonita, as informações são dispostas de maneira clara, a navegação é fácil.

Há em sua página um item até agora não visto em nenhum outro site analisado anteriormente, e que merece muitos elogios: um campo para cadastro de voluntários. Ao se clicar nesse setor, abre-se um formulário para que a pessoa coloque seus dados pessoais e também indique como quer colaborar com a campanha - há alternativas como "Organizando eventos" e "Contribuindo financeiramente", entre outros. Resta saber como esses dados têm repercutido na prática, mas, a princípio, a ideia é muito, muito boa.

Os defeitos de sempre - programa de governo num antipático PDF e contato restrito a um formulário - também aparecem no site de Roseana. Este último é compensado por outra bola dentro: a agenda da candidata é uma das mais completas já vistas, com apresentação de compromissos futuros (acredite, em muitos sites a agenda só tem mostrado o passado) e detalhamento dos locais dos eventos.

A biografia de Roseana que consta no site é boa e bem inserida. Mas poderia ser muito bem complementada por outra informação que aparece também no site, mas marginalizada na seção Downloads. Lá, o internauta pode baixar um arquivo JPG com "O que Roseana fez por sua cidade", dividido de acordo com os municípios. Ora, não seria muito mais negócio colocar isso também na parte do currículo da candidata, aproximando-a do eleitorado?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Sites dos candidatos ao governo - Goiás

Vamos agora para Goiás, estado que tem as eleições para o governo polarizadas entre dois nomes: Iris Rezende (PMDB) e Marconi Perillo (PSDB).

Iris Rezende (PMDB)
O site do peemedebista é muito bom. Certamente um dos melhores já analisados pelo blog - e chega a esse mérito principalmente pela simplicidade na construção da página.

A página inicial, que se abre ao se digitar o www.iris15.com.br no navegador, tem o formato de hotsite, com um vídeo de Iris Rezende falando sobre a internet e os computadores (meio "ingênuo", mas correto) e uma barra para o cadastro na newsletter e acesso à página. Boa alternativa, até agora não vista em nenhuma outra página.

É um site de design legal, navegabilidade fácil, com as informações dispostas de maneira adequada e de fácil acesso.

A apresentação do plano de governo é a melhor já vista em todos os sites até agora. Quem quiser acessar o documento oficial, em PDF, pode fazê-lo; mas há a disposição das propostas em temas. A divisão é feita por meio das tags, dispostas ao lado do texto das propostas. E ainda por cima tem espaço para comentários e envio de novas propostas, por parte do visitante. Muito, muito bom.

Perfeita também está a agenda do candidato. Todas as informações estão ali: local, data, hora, endereço completo e até mesmo um mapinha (via Google Maps) para acesso ao destino procurado.

O ponto mais fraco da página - e este é bem fraco mesmo, uma falha feia, mas facilmente corrigível - está na apresentação do candidato propriamente dito. No menu inicial há uma indicação da seção "Candidatos". Lá, estão os nomes de todos os integrantes da chapa de Iris, da postulante à presidência Dilma Rousseff até os nomes dos que querem ser deputados. Porém, há esse montão de nomes e... nenhuma biografia, nenhuma informação adicional, nada, nada. O visitante que acessa a página não consegue saber, por ela, quem é Iris Rezende, e quem são e o que fizeram Dilma Rousseff, Adib Elias e Pedro Wilson (candidatos ao Senado), e assim por diante. Tropeço feio. Mas, repito, facilmente acertável.

Há também um ponto falho na citação das ferramentas de contato. Não se disponibiliza um único telefone sequer para o internauta - nem na boa "Sala de Imprensa", que tem vídeos, fotos e tudo o mais, menos o telefone, informação que o jornalista costuma precisar e de maneira urgente quando da apuração de uma reportagem. Também não há a menção de comitês em outros municípios, só o da capital Goiânia.

Marconi Perillo (PSDB)
A capa da página do tucano é legal - embora um tanto quanto poluída, pelo excesso de informação disposta. Tem, por exemplo, um vídeo colocado em destaque principal, com informações que ficam se alternando. Boa medida.

Ainda falando em vídeos, o site tem a "TV Marconi", canal de vídeos que tem inclusive transmissões ao vivo. Ótima ideia - que só não é perfeita porque, quando o internauta clica no link da TV Marconi na página inicial, é redirecionado a outro site, saindo assim da página na qual deveria permanecer. É um tipo de cuidado bem fácil de se tomar que não foi adotado pelos criadores da página.

Existe todo repertório das redes sociais, indo desde a barrinha com os ícones das mídias até o grande destaque dado para a "Rede Participação". Sei que estou sendo repetitivo com isso, mas vamos lá mais uma vez: o site tem redes sociais, twitter, vídeos, etc., e etc., mas não traz um único telefone para contato, nem endereços dos comitês no estado.

A biografia de Marconi poderia ser melhor disposta. As realizações como governador estão colocadas de maneira confusa; e as como senador estão péssimas - o que há ali é um link para o site do Senado, que lista de maneira não-amigável as ações de Marconi. Dividir em temas, sintetizar o que foi feito seria muito mais interessante.

Na mesma linha, o plano de governo tem defeitos de maneira similar. Está dividido em temas, mas as propostas são muito genéricas (por exemplo, "O Estado deve radicalmente reprimir e punir o trabalho escravo, de qualquer natureza, no campo ou na cidade.") e o espaço para colaboração não funciona - ao menos enquanto este post está sendo produzido, o site http://psdb-go.org.br/ideias/, indicado como sendo o canal para envio de sugestões, não funciona.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Sites dos candidatos ao governo - Espírito Santo

Chegamos agora ao Espírito Santo. Se a disputa pelo governo por lá já parece estar definida (segundo as pesquisas, Renato Casagrande tem algo em torno de 50 a 60% das intenções de voto), na internet o que se vê é uma igualdade, e em alto nível, entre os dois principais competidores: Casagrande e Luiz Paulo (PSDB).

Luiz Paulo (PSDB)
A página de Luiz Paulo merece, em linhas gerais, a avaliação que mais tem aparecido por aqui: é boa, mas com algumas falhas pontuais.

Percebe-se que os criadores do site se preocuparam em dar à página todos os recursos da internet contemporânea. Estão lá os acessos para as mídias sociais, vídeos do Youtube, utilização de Flickr e Twitter, e assim por diante. A própria disposição da home também reflete isso, com as informações sendo dispostas de maneira bem interessante, ao mesmo tempo agradável e convidativa.

Visualmente, o site de Luiz Paulo é um dos mais legais já visitados pelo blog (apesar da logomarca oficial de campanha, bem feia, na minha opinião). E a navegação do site também é bem adequada. Percorrer as diferentes seções do site é uma tarefa fácil e interessante.

Mas a principal falha da página é que, aparentemente, houve muita preocupação em se chegar à internet 2.0 e se esqueceu de informações mais básicas, essenciais para uma campanha rotineira. A "Sala de Imprensa", um dos menus iniciais, tem apenas duas notícias - ambas datadas de 20 de julho (!) - e nenhum contato sequer. O campo "Contato", também nas abas principais, traz apenas um formulário e um telefone (pelo menos o telefone, coisa rara). Não há nenhuma menção sobre os comitês de campanha, e nem como o eleitor pode se aproximar do candidato. Há também uma falha similar no campo "Agenda", que traz os compromissos de maneira estática, sem estimular a presença do eleitor nos eventos.

E o principal defeito da página está na apresentação das propostas de governo de Luiz Paulo. Nisso, se repete o erro acima mencionado: muito "2.0", pouca informação transmitida de maneira efetiva. Quem tenta acessar o plano de governo do tucano cai em uma página de plataforma Ning. Até aí, tudo bem, é legal utilizar essa rede, caracterizada justamente pelo seu dinamismo. O problema é que quem quer somente ler o que propõe o candidato não consegue fazê-lo. É preciso estar cadastrado no Ning para ter acesso ao conteúdo. Acaba-se criando uma "burocracia", um empecilho para que as ideias sejam conhecidas. O Ning é uma ótima sacada, mas não pode ser a única ferramenta para expor o plano de governo.

Renato Casagrande (PSB)
Um primeiro questionamento surge ao se buscar a página do candidato. O endereço divulgado no no Twitter e outros caminhos é o http://www.governadorcasagrande40.com.br/. Uma URL muito grande, de difícil memorização. E é ainda mais estranho quando verificamos que o domínio http://www.casagrande40.com.br/ também remete à mesma página. Será que não seria o caso de enfatizar a divulgação da segunda URL, mais diminuta?

A página de Casagrande é boa e repleta de boas informações. Todo o conteúdo necessário para a realização da campanha - e que seja interessante para o internauta - está disposto de maneira rápida, prática e de fácil acesso. Apesar do visual um tanto quanto "congestionado", a página inicial é boa, e apresenta bem os recursos.

O uso das mídias sociais também é bem realizado. Há a barra com os ícones das redes e também menções aos canais do Youtube, Flickr e Twitter na página inicial.

São dois os principais acertos do site. Um é a seção "Deixe seu recado", aberta para comentários e envio de fotos por parte do internauta. Ótima pedida - como sempre aponto, as pessoas gostam de se ver, e a aparição na página de campanha é um caminho para que o site seja enviado e replicado para os amigos e demais contatos.

A outra bola dentro do site é está na seção "Contato". Lá está, além do formulário, o endereço do comitê de campanha de Casagrande em Vitória. Mais que isso: há um link para que o internauta faça, via Google Maps, a trajetória de sua casa (ou onde quiser) até o comitê. Uma ideia ao mesmo tempo ótima e óbvia, que não se sabe como tão pouca gente tem a adotado. (Se bem que um telefonezinho de contato não seria nada mau).

Tal como no site do seu adversário, a maior falha da página está na apresentação do programa de governo de Casagrande. O internauta que quiser acessar as propostas acaba caindo no PDF do programa, um calhamaço pouco convidativo e esclarecedor.

Vale também dizer que a página praticamente não menciona os candidatos ao Senado da chapa de Casagrande. A citação destes, ainda que em forma de banner no rodapé da página inicial (como acontece com Dilma Rousseff e Givaldo Vieira, o candidato a vice) seria uma boa.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Sites dos candidatos ao governo - Distrito Federal

Hora de falar da capital do nosso país - e deste que vos escreve lutar contra o impulso de usar as palavras "estadual" e "estado" no texto.

Agnelo Queiroz (PT) e Joaquim Roriz (PSC) são os dois candidatos que polarizam a disputa no Distrito Federal. Às análises:

Agnelo Queiroz (PT)
O site do petista é muito bom. De todas as páginas até agora analisadas, tem o melhor design; é inovador e belo, e ao mesmo tempo não prejudica a navegação (mal que incorrem, infelizmente, muitas páginas que querem ser caracterizadas pela novidade).

As chamadas principais da página se rotacionam não por data, mas sim por escolha dos seus editores. A medida garante agilidade e também assegura que nenhuma notícia pouco importante vá receber peso maior do que deveria. A referência às mídias sociais está ali, de fácil acesso, e também com um bom conteúdo. O Twitter de Agnelo, o "blog do Agnelo" (que é uma compilação de notícias) e os vídeos em destaque compõem um bom visual.

Uma das melhores sacadas do site é a disposição do programa de governo de Agnelo. As principais diretrizes são exibidas de maneira simples e fácil navegação; e, além disso, há um link para o programa completo, em formato PDF, e um campo para que o internauta envie suas sugestões.

Mas, claro, cabem críticas. Uma é relacionada a algo que prejudica, principalmente, o próprio Agnelo: cadê o Lula? O presidente da República, figura bem avaliada e que tem aparecido em destaque nas páginas de todos os candidatos de partidos aliados, não é algo que se encontra facilmente na página de Agnelo, seu ex-ministro. Na mesma linha, poderiam ser melhor trabalhadas as referências aos outros candidatos da chapa de Agnelo - inclusive a de Dilma Rousseff, postulante à Presidência. Na parte inferior do site, estão os logotipos da candidatura de Dilma e a dos postulantes ao Senado Cristovam Buarque e Rodrigo Rollemberg, mas sem links para os respectivos sites - uma bola fora.

Outro ponto negativo está na falta de telefones e/ou endereços para contato direto com o eleitor. O único caminho para contato é o tradicional formulário - ineficaz e pouco estimulante.

Joaquim Roriz (PSC)
A página do ex-governador alterna ótimas ideias com momentos de infelicidade.

O design da página, em geral, é bom. O site tem um visual interessante, e cores com harmonia com as logomarcas da campanha. Mas na home, um problema meio bobo e de fácil resolução: a foto de Roriz e dos seus companheiros de chapa é estranha. O candidato principal não tem o destaque que precisaria ter. E, como não há nenhuma outra menção no site aos candidatos a vice e aos do Senado, o visitante acaba não sabendo quem são as pessoas que ladeiam Roriz na imagem principal da página.

A disposição de notícias na página inicial é boa, mas poderia ser melhor. A partir da segunda seção de notícias, acaba sendo formado um blocão pouco interessante.

Em "Fala Povo", um dos pontos mais legais da página - e que seria ainda mais no alvo se fosse melhor executado. Depoimentos e imagens de eleitores são sempre uma boa pedida, já que as pessoas gostam de se ver. Mas as fotos são pequenas, e a fonte, cinza em um fundo branco, é de difícil leitura.

No que se refere à interação com o visitante, a página de Roriz acaba fazendo o oposto - tanto para o bem quanto para o mal - do que a maioria das páginas de candidatos aos governos têm adotado. Há, positivamente, telefones e endereços para contato, tanto para o público geral quanto para a imprensa; por outro lado, as mídias sociais são completamente desprezadas. (Comentário: entre telefone-endereço e parafernália de acesso para as mídias sociais, fico com a primeira opção. E vocês? Mas claro que as duas coisas seria o ideal)

Por fim, uma questão sobre a qual gostaria de chamar a atenção: o site tem muitas, mas muitas mesmo referências sobre a questão da "ficha limpa" - pendência judicial que pode até mesmo tirar a candidatura de Roriz da disputa. Acho importante que o candidato coloque na página seus desmentidos e sua visão do caso, mas... será que, ao enfatizar demais o assunto, Roriz acaba não dando a ele um destaque maior do que seria necessário, dentro de um contexto eleitoral?

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Sites dos candidatos ao governo - Ceará

Vamos agora falar do Ceará, que tem três candidatos principais na disputa: Cid Gomes (PSB), Lúcio Alcântara (PR) e Marcos Cals (PSDB).

Cid Gomes (PSB)
A página do atual governador e favoritíssimo à reeleição tem erros feios e méritos invejáveis.

Uma das principais falhas está na aparência do site, em especial a da home. O site tem cores estranhas, design "espremido" (o conteúdo fica todo atolado na região central do visor) e fontes inadequadas para exibição na página principal. Além disso, a home tem uma péssima exibição de notícias - há apenas um único espaço para destaque, e as matérias ficam "girando" entre si. Utilizar um sistema de destaques rotativos é legal, mas desde que não seja a única disposição de conteúdo dinâmico na página inicial.

Outro problema está na parte do plano de governo do candidato. Na página, ele aparece como "em elaboração". Ora, até por força legal, o programa da coligação de Cid já existe e pode ser consultado no site do TSE. Não custava nada a página oficial do governador atualizar essa informação.

Entre os pontos positivos da página, destaca-se o banner inicial, com retratos de Cid, os outros candidatos de sua chapa e também de Dilma Rousseff, presidente Lula e Ciro Gomes (seu irmão e cabo eleitoral). E, principalmente, numa das melhores sacadas até agora vistas em todos os sites consultados, o endereço de todos os comitês de campanha no estado - incluindo referências locais e precisas como "em frente a padaria do Bido" (sic). Só faltaram os telefones para a informação ficar ainda mais completa.

Vale destacar também a seção vídeos: ao invés de mostrar peças institucionais, a página expõe vídeos gravados por eleitores e visitantes em geral, o que certamente atrai a presença de mais gente - afinal, uma pessoa mostrada no site se anima a apresentar a página aos seus amigos.

Lúcio Alcântara (PR)
A página do candidato do PR tem um design indiscutivelmente melhor que a do seu principal adversário. A home é mais completa, com mais informações, disposição positiva de notícias e chamadas a subdivisões de interesse para o eleitor-internauta.

Um dos principais feitos da página é dividir as propostas de governo em áreas. As proposições de Alcântara são expostas de maneira clara, de forma que o eleitor que acessa o site sabe, com precisão o que o candidato pensa - apesar de óbvia, essa prática tem sido pouco adotada pelos candidatos por aí.

Lúcio Alcântara já foi senador, governador e prefeito e portanto tem um currículo vasto - que não é muito bem explorado pelo site. As realizações do candidato são colocadas de maneira blocada. Uma divisão também em áreas - talvez incluindo em um tema só todas as realizações de Lúcio, independentemente do cargo - seria uma boa.

O site ousa com a parte Central do Militante. É um espaço interessante, para que as pessoas acompanhem o que vem sendo feito pela campanha de Lúcio e suas atividades como um todo. Aí só caberiam pequenos ajustes - por exemplo, fazendo com que a seção Siga Nosso Caminho tivesse uma apresentação um pouco mais amigável.

Porém, a falha mais grave da página - e bem grave mesmo - é a ausência de uma ferramenta para contato. No meio de tantos ícones para as redes sociais, falta um simples "Fale Conosco", ainda que fosse para abrir aquele arcaico formulário para inserir nome, endereço e outros dados. Não há, nem isso nem os caminhos para contatos de imprensa.

Marcos Cals (PSDB)
É a melhor das três páginas dos principais candidatos cearenses. O design é simples mas convidativo, e a página se expande por toda a tela, aproveitando os espaços.

As notícias na home são dispostas em formato de blog. Esse método nem sempre é interessante, porque pode fazer com que textos menos importantes recebam destaque inapropriado - por outro lado, garante uma atualização direta.

Pecado feio do site é a apresentação das propostas de governo. Elas são positivamente divididas em áreas, mas o vazio nos dizeres impressiona - "guerra ao tráfico de crack" e "promoção do empreendedorismo rural" são duas das "ideias", tão genéricas que chegam a assustar.

A agenda de Cals está apresentada de maneira interessante e também convidativa.

E há um ponto que é, ao mesmo tempo, positivo e negativo. Positivo por apresentar uma informação muito legal, negativo por não fazê-lo com uma navegação mais fácil. A campanha de Cals tem como uma de suas ferramentas o site Mobiliza Ceará - que, a exemplo do que faz Ronaldo Lessa em Alagoas e outros candidatos, tem como objetivo fazer com que internautas se reúnam e construam núcleos de apoio à candidatura. O Mobiliza tem os endereços e telefones de comitês da campanha, uma ótima iniciativa. Mas a pergunta é: não seria mais prático se essas informações estivessem dispostas de maneira clara na página principal de Cals, e não num site anexo? Será que é mesmo o caso de fazer o internauta trocar de site para saber onde há um comitê próximo dele?

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Sites dos candidatos ao governo - Bahia

Chegou a vez de falar da Bahia. Agora, a análise dos sites dos candidatos tem outro prisma. A Bahia é o quinto estado do Brasil em população, Salvador é a terceira cidade; falamos de um universo maior e mais rico do que o onde estão as páginas dos candidatos previamente analisados pelo blog (Acre, Alagoas, Amapá e Amazonas).

Isso se refletiu logo no trabalho de busca para encontrar as páginas a serem atualizadas. Os sites de Geddel Vieira Lima (PMDB), Jacques Wagner (PT) e Paulo Souto (DEM), os três candidatos com chances reais de vitória, apareceram nas páginas iniciais do Google, sem muito esforço por parte do analista.

Às análises:

Geddel Vieira Lima (PMDB)
É essa ótica anteriormente descrita que faz com que a página de Geddel mereça mais críticas do que elogios. Fosse o site destinado a um candidato de Acre ou Amapá, onde as iniciativas para a internet são fracas ou inexistentes, mereceria uma nota 10. Mas não - Geddel disputa na Bahia, tem concorrentes com páginas bem melhores que a sua (veja abaixo) e por isso sua ação na net deve ser alvo de observações mais rigorosas.

Design - ou a falta dele - é a principal falha do site de Geddel. Em poucas palavras, o site é feio. Verde, amarelho, vermelho e azul se mesclam de forma não-harmônica na página inicial. A logomarca de Geddel, com o 15 do PMDB envolto por um coração, também não ajuda. O resultado é um site poluído, pouco convidativo.

O problema se mostra ainda maior quando se tenta ler as notícias da página. Tanto nas chamadas quanto no corpo do texto propriamente dito, o site usa fontes de difícil leitura. São pequenas, estão muito próximas uma da outra, usam negrito de maneira desnecessária. Na seção dos destaques, por exemplo, a fonte Arial em capslock, em amarelo sobre o fundo verde, cria uma imagem bem mais feia do que um candidato como Geddel pede.

A bronca com o design se mostra ainda mais importante quando verificamos que o site de Geddel tem bastante conteúdo. Mas muito mesmo - há a biografia do candidato, áudios e vídeos de boa qualidade, uma sala de imprensa com telefone de contato, referências às redes sociais e outros sites de campanha, e assim por diante.

Cabe também um elogio ao banner inicial, com Geddel rodeado por Lula e Dilma Rousseff - cabos eleitorais importantes. Mas não deixa de ser notado o uso de termo "presidenta" para se referir a Dilma. Quando o vocábulo está cada vez mais sem uso e a campanha de Dilma prefere "presidente", não seria mau negócio deixarmos o "presidenta" de lado, de acordo?

Jacques Wagner (PT)
Website caprichado, um dos melhores de toda a campanha atual, em todo o Brasil. A página tem um design cativante, com imagens, cores e fontes se dispondo de modo cativante.

Chama a atenção a rápida e eficaz atualização do site - diferentemente do que se vê em muitas páginas de campanha, a de Wagner é abastecida várias vezes ao dia, com uma boa estrutura.

Um ícone na parte inferior da página chamou para um aspecto que faria com que o site recebesse elogios intermináveis: uma referência à realização de doações! Mas, quando aberta... a seção indica um mapinha do comitê para que o eleitor faça a doação pessoalmente. Pelo menos o mapa é do Google Maps...

O site evita um erro muito cometido pelo das outras campanhas - o programa de governo não está disposto de maneira blocada, e sim com propostas setorizadas. Mas parece que a simplificação nesse quesito foi levada ao extremo: por exemplo, uma das propostas para a saúde é Combater a AIDS, meningite, tuberculose, leishmaniose e outras doenças infectocontagiosas. Se alguém conhecer algum candidato que não defenda essa bandeira, por favor me apresente... nesse quesito, acaba-se caindo no genérico.

Um dos melhores setores do site é o que traz a biografia dos candidatos - Wagner e os outros integrantes da sua chapa. No perfil de Wagner, uma muito bem-feita animação em Flash apresenta quem é o candidato, e o que ele fez em diferentes momentos da sua vida, inclusive como governador. Solução simples e fácil que poderia ser adotada por outros candidatos.

Cabe também destacar os bons recursos para interatividade. Além dos já batidos links para outras redes sociais, há a disposição de banners, em diferentes formatos, para que as pessoas coloquem a marca de Wagner em suas páginas - com o código em HTML ao lado, tudo "mastigado" para o internauta.

Paulo Souto (DEM)
À página de Paulo Souto cabe uma análise de certo modo similar à feita para o site de Geddel Vieira Lima. Tem um bom conteúdo, e as principais falhas estão no design.

A escolha das fontes é um grande problema. Tanto em chamadas quanto no corpo do texto, elas dificultam a leitura do texto. Forma-se um bloco estranho, ruim de se ler.

Há também problemas na apresentação das propostas de Souto. O programa de governo é apresentado no irritante formato do PDF; e as realizações do candidato, que certamente poderiam ser convertidas em bom material, acabam sendo exibidas em um bloco muito grande de setores.

As fotos do site, em geral, são outro problema. As imagens de eventos nas ruas são todas idênticas - dispostas lado a lado, como rotineiramente aparecem na página inicial, criam uma confusão visual. Não é um mau site, longe disso, mas poderia se tornar bem superior ao que atualmente é.

Legendários

O PT anunciou, em notícia veiculada no dia 3, que em seu programa no horário eleitoral gratuito em São Paulo não haverá apresentações individuais de seus candidatos a deputado federal e estadual, e sim um trabalho para solicitar, para ambos os cargos, o voto na legenda.

O partido vai utilizar a figura do presidente Lula e, de quebra, aproveitar o espaço para reforçar um pouco mais as candidaturas de Dilma Rousseff, Aloizio Mercadante, Marta Suplicy e Netinho de Paula.

A notícia é muito positiva, a meu ver. Cabe uma ou outra ressalva, mas em geral é mais digna de elogios que críticas.

O PT acaba descobrindo o óbvio, algo que não sei como não é replicado por outras siglas: aquele espacinho picado, de pouco mais de 15 segundos, para que cada candidato fale, não chega a ser algo que desequilibre em uma campanha proporcional. Claro que tem seu peso - um candidato que aparece no horário político tem sua campanha vista com mais credibilidade, mais força - mas, pelas questões de tempo, não contribui decisivamente no contexto geral da campanha.

E a importância do voto na legenda nem precisa ser muito detalhada. Há inúmeros casos, em todas as eleições proporcionais (para vereadores e deputados federais e estaduais) de candidatos que são eleitos com menos votos que outros porque são beneficiados pela sua legenda, bem como os que recebem boas votações mas ficam de fora pelo coeficiente.

No caso do PT, a medida é ainda mais interessante porque o partido ainda é aquele que ainda tem o eleitorado mais "ideológico", mais "militante" - e o eleitor que simpatiza com Lula e Dilma e ainda não sabe em quem votar para o Legislativo, se instruído, acaba contribuindo com a sigla com o voto no 13.

As críticas que podem ser feitas à medida se baseiam em dois aspectos. O primeiro diz respeito à legislação eleitoral, à própria finalidade em si do horário político: a regra do jogo diz que o horário destinado aos deputados não pode ser preenchido com a campanha dos outros cargos, e por isso a campanha do PT terá que ser hábil para não incorrer nesse erro. A outra questão se dá de maneira semelhante, mas não sob o ponto de vista jurídico, e sim da campanha propriamente dita - se não bem preparada, a campanha pelo voto na legenda pode soar como apenas mais um pedido de votos em Dilma/Mercadante/Marta/Netinho, e assim se tornando pouco eficaz, não atingindo o alvo inicialmente esperado.

É esperar o horário eleitoral para ver como, na prática, a ação se desenvolve.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Sites dos candidatos ao governo - Amazonas

O maior estado do Brasil (em área) tem seis candidatos ao governo. De acordo com o Ibope, quatro deles têm percentuais ínfimos de intenções de voto. A disputa está polarizada entre Alfredo Nascimento (PR) e Omar Aziz (PMN), e é sobre os sites deles que a análise ocorrerá.

Ou melhor, deveria ocorrer. Porque Omar Aziz - até segunda ordem - não tem um site para sua campanha. As buscas no Google remeteram a uma série de reportagens em que ele é citado, mas não a uma página pessoal. Existe o estranhíssimo http://www.omar-aziz.net/, com textos desconexos e fotos de bancos de imagens que, esperamos, seja apenas uma página de teste. E o www.omar33.com.br, quando acessado, dá a mensagem de "Forbidden", e o erro 403. Ou seja: a página existe. Aguardemos novidades para os próximos dias (ou indicações de leitores dizendo que o site de Omar existe em outro endereço).

Alfredo Nascimento (PR)
O ex-ministro dos Transportes do governo Lula, que concorre ao governo pelo Partido da República, tem uma página mediana. Elogiar mais seria exagero, desferir mais críticas também. Um ponto alto - em termos eleitorais - é o banner principal, que tem como um dos destaques uma foto de Alfredo com o presidente da República. Boa iniciativa, que se casa com o slogan "O candidato do Lula", e que deveria ser seguida por outros candidatos de partidos aliados ao presidente (como Camilo Capiberibe, do Amapá, que não usa o recurso).

Tal qual temos observado em outras páginas, um defeito da página de Alfredo está em seus menus estáticos. Quase todos são desatualizados e desinteressantes. Em "Programa de Governo", por exemplo, o que se encontra é um blocão de texto nada cativante ao internauta. Uma subdivisão em áreas, e escrita de maneira acessível, certamente seria mais eficaz.

Há todas as referências às mídias sociais - Twitter, Orkut, Flickr e outros -, o que é uma boa. Mas apesar de todo esse repertório, a página não concede uma única ferramenta sequer de contato rápido - nem os irritantes formulários do "fale conosco" estão lá. Um email, um contato para a imprensa cairia muito bem.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sites dos candidatos ao governo - Amapá

Seguindo a ordem alfabética, agora é hora de falarmos do Amapá.

Mas antes de entrarmos na análise específica dos candidatos, um comentário geral - que também se aplica ao que ocorreu com os candidatos de Alagoas, e que remete a algo que certamente acontecerá mais vezes durante a realização destas análises. Muitos sites de candidatos não estão corretamente posicionados nas buscas do Google. As páginas específicas das campanhas, às vezes, vão parar apenas na segunda ou até mesmo terceira página da pesquisa do buscador. Notícias, sites antigos, blogs - a favor ou contra - e outras coisas acabam aparecendo antes. As equipes de internet dos candidatos precisam estar atentas a essa questão.

O Amapá tem quatro candidatos principais ao governo. Todos, segundo o Ibope, têm condições de passar para o segundo turno, o que garante uma eleição bem equilibrada. São eles: Camilo Capiberibe (PSB), Jorge Amanajás (PSDB), Lucas Barreto (PTB) e o atual governador Pedro Paulo (PP).

Camilo Capiberibe (PSB)
Tal qual ocorrido com Fernando Collor, as primeiras buscas pela página do socialista trouxeram um grande susto - o Twitter oficial de Camilo Capiberibe indica como sua página um site feio, desatualizado e que, nas visitas de ontem, chegou até a gerar uma mensagem de alerta de Malware.

Mas uma pesquisa adicional fez aparecer o http://www.camilo40.com/, uma página que tem seus méritos (é a melhor do estado, mas mais pela concorrência, como será mostrado abaixo) e defeitos - alguns deles facilmente corrigíveis.

A primeira coisa que quem vê no site é um banner com a foto do candidato, dos seus companheiros de chapa e da postulante à presidência Dilma Rousseff - e aí uma grande ausência é a da figura do presidente Lula, que contribuiria para o fortalecimento da figura de Camilo.

O site é estruturado na plataforma Wordpress. Então, na página inicial, as notícias são dispostas em formato de blog, com uma principal em destaque. É um modo correto de se colocar informações dinâmicas, e que garante uma atualização fácil.

Está nas páginas estáticas o principal problema do camilo40.com. Ainda há uma série de "em construção" a serem atualizados. E, na seção destinada a apresentar a candidata a vice, Dora Nascimento de Souza, um Olympus Digital Camera lá escrito e uma foto sem nenhuma produção sugere um quê de amadorismo.

Há links para as redes sociais e o internauta pode cadastrar seu celular para receber mensagens SMS. Pontos positivos, sem dúvida.

A ideia da página é boa, e com alguns ajustes, o site fica mais que adequado à campanha de Capiberibe.

Jorge Amanajás (PSDB)
Na falta de uma página específica para a campanha, a análise será feita sobre o site jorgeamanajas.com.br, a página pessoal do candidato.

É um site que, em termos de conteúdo, não registra maiores problemas - ou melhor, não registraria se não estivéssemos falando de período eleitoral. Estão ali o currículo do candidato, sua biografia, endereço para contato na Assembleia Legislativa (ele é deputado estadual) e... acabou aí. As menções à candidatura atual aparecem somente nas notícias. Não há nada sobre o programa de governo, nem propostas para o estado.

As realizações de Amanajás aparecem também de forma blocada, pouco convidativa. O site não se preocupa em listar o que o candidato fez na Assembleia - insere somente um link automático do Legislativo com as proposições de Amanajás, de forma nada interessante ao público leigo e que busca informações ágeis.

Há também problemas de design. Algumas notícias aparecem com um tipo de fonte, outros com outra (compare esta e esta).

A seção Entrevistas, com um "Testando sistema de..." que figura em plena página inicial, é mais um defeito grave. Sugere até um certo descaso com a página.

Lucas Barreto (PTB)
Pois é: a imagem aí é a única coisa que se vê quando se acessa o http://www.lucasbarreto.com.br/. Nos dois dias de produção desse post (2 e 3 de agosto), nada do site de Lucas Barreto entrar no ar. Assim que vier (esperamos que logo), atualizarei aqui. Conto com a indicação dos leitores para fazer esse serviço.


Pedro Paulo (PP)
O atual governador do estado não tem uma página pessoal, e também não há uma para a sua campanha. As buscas registraram somente esse Twitter que ilustra o post - de plano de fundo horrível e cuja atualização mais recente data de 24 de abril. Se alguém souber de alguma página mais precisa de Pedro Paulo, por favor avise; caso contrário, segue a impressão de que o pepista faz o que muita gente infelizmente tem feito em relação à internet, um "fazer só para dizer que tem".