O Partido Progressista está transmitindo suas inserções no rádio (ao menos em São Paulo). Lembrando que, como 2011 não é ano de eleição, não teremos o horário político clássico, e sim aqueles comerciais rápidos inseridos nos intervalos das rádios e televisões, que se parecem e se misturam com os comerciais dos produtos em geral.
Iria abrir o texto dizendo que se tratava da nova propaganda do PP, mas... se tem uma coisa que o anúncio não é, é novo. Seu formato é o mesmo que o partido tem adotado há uns 10 anos: uma voz em off fala algo como "Quando o Partido Progressista está no governo, o que acontece é isso", e se destila um rosário com as intermináveis ações de Paulo Maluf como governador e prefeito. Por fim, o próprio Maluf volta ao vídeo para falar mais algumas coisas e garantir que a propaganda se encerra com a sua imagem.
Maluf ainda é uma força política em São Paulo - seus mais de 490 mil votos e a terceira posição entre os candidatos a deputado federal mais votados na eleição passada demonstram isso. Porém, é inegável que o deputado já foi mais expressivo do que é nos dias atuais. Novamente recorrendo a números, seu pífio desempenho nas disputas municipais em 2004 e 2008 deixam a questão clara.
Não cabe ao PP, evidentemente, desprezar sua principal liderança e "puxador de votos". Porém, é nítido que o partido precisa se reciclar, apresentar novas lideranças - aliás, a própria candidatura de Celso Russomano a governador nas eleições passadas foi algo nesse sentido. Até mesmo o uso da figura de Maluf poderia ser repensado. Será mesmo que o eleitorado precisa saber o que é "obra de Maluf"?
Foto: pp.org.br
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