O termo não me parecia claro e admito que o "TV" que compõe a palavra me fazia pensar que se tratava de uma questão técnica, algo como transmissão de imagens, nessa linha. Mas nada que a internet e a Wikipedia não resolvam: descobri que GOTV é abreviação para Get Out The Vote; numa tradução literal, algo como "arrancar o voto".
Nos EUA, o GOTV é feito majoritariamente por instituições não diretamente ligadas a partidos políticos. São grupos que defendem causas como direitos da minorias, aumento da participação política de jovens e imigrantes, entre outros temas. O Rock The Vote, que ficou famoso com o triunfo de Obama no ano passado, é o mais conhecido.
A chave para que esses grupos tenham tamanha relevância no processo eleitoral de lá é o voto não-obrigatório. Afinal, com a participação nas urnas sendo voluntária, é preciso que os agentes da campanha política se preocupem em fazer com que os eleitores se preocupem, em primeiro lugar, em ir até as urnas; posteriormente, em um segundo momento, é que chega a hora de tentar fazer com que a pessoa vote em determinado candidato.
Por essa ótica, talvez seja impossível pensar no GOTV sendo aplicado no Brasil. Porque aqui todo mundo tem que votar, querendo ou não. Mas será mesmo que é o caso de descartarmos em definitivo a ideia?
Nos EUA, o GOTV é feito majoritariamente por instituições não diretamente ligadas a partidos políticos. São grupos que defendem causas como direitos da minorias, aumento da participação política de jovens e imigrantes, entre outros temas. O Rock The Vote, que ficou famoso com o triunfo de Obama no ano passado, é o mais conhecido.
A chave para que esses grupos tenham tamanha relevância no processo eleitoral de lá é o voto não-obrigatório. Afinal, com a participação nas urnas sendo voluntária, é preciso que os agentes da campanha política se preocupem em fazer com que os eleitores se preocupem, em primeiro lugar, em ir até as urnas; posteriormente, em um segundo momento, é que chega a hora de tentar fazer com que a pessoa vote em determinado candidato.
Por essa ótica, talvez seja impossível pensar no GOTV sendo aplicado no Brasil. Porque aqui todo mundo tem que votar, querendo ou não. Mas será mesmo que é o caso de descartarmos em definitivo a ideia?
Eu acredito que não, e explicarei meu ponto de vista. Talvez, para as eleições majoritárias, em que há menos de uma dezena de candidatos e o nome de dois ou três cidadãos manipula o debate eleitoral, realmente não faça sentido.
Mas para as proporcionais, dá pra pensar em GOTV sim. Com a seguinte linha de trabalho: o GOTV, aqui, poderia ser aplicado no sentido de fazer com que eleitores de determinada causa se concentrassem em determinados candidatos, que fossem condizentes com suas propostas. Por exemplo: uma entidade ligada à questão dos deficientes aplicaria o GOTV para que seus simpatizantes se sentissem compelidos a votar - e também a arrancar votos - em um candidato que se encaixasse em sua proposta. Nesse caso, o "get out the vote" se aplicaria no sentido da mobilização que a expressão sugere, e não necessariamente no comparecer ou não às urnas.
No fim das contas, cabe ao GOTV a mesma ótica de outras técnicas de campanha aplicadas nos Estados Unidos: todas são muito válidas, desde que bem estudadas e condicionadas às realidades locais.
Mas para as proporcionais, dá pra pensar em GOTV sim. Com a seguinte linha de trabalho: o GOTV, aqui, poderia ser aplicado no sentido de fazer com que eleitores de determinada causa se concentrassem em determinados candidatos, que fossem condizentes com suas propostas. Por exemplo: uma entidade ligada à questão dos deficientes aplicaria o GOTV para que seus simpatizantes se sentissem compelidos a votar - e também a arrancar votos - em um candidato que se encaixasse em sua proposta. Nesse caso, o "get out the vote" se aplicaria no sentido da mobilização que a expressão sugere, e não necessariamente no comparecer ou não às urnas.
No fim das contas, cabe ao GOTV a mesma ótica de outras técnicas de campanha aplicadas nos Estados Unidos: todas são muito válidas, desde que bem estudadas e condicionadas às realidades locais.
2 comentários:
Talvez até para as majoritárias, Olavo. Pensemos no exemplo do Partido da Causa Operária, de posições radicais, com as quais não concordo, mas que podem ser apresentadas com um viés agradável para um trabalhador. Se a militância se concentrasse, talvez eles angariassem alguns votos, indo atrás do povo. Abraço!
Senado vê show de hipocrisia de quem há tempos deveria ter se aposentado da política
http://alternativabrasil.blog.br/
Postar um comentário